O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) negou que os nomes escolhidos para a equipe econômica da transição de governo tenham visões divergentes sobre o tema e afirmou que suas visões são complementares. A declaração foi dada em resposta a jornalistas após anunciar os nomes de Pérsio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello como integrantes do núcleo econômico que trabalhará pelos próximos meses no diagnóstico do setor.

"Não são visões eu diria opostas. São complementares. É importante você ter num grupo técnico visões que se complementam, que se somam. E é uma fase transitória, para você discutir, para você elaborar propostas, para você definir questões. Então, essa é uma questão", afirmou Alckmin.

Ele disse que a prioridade agora é garantir um mecanismo que libere recursos para que o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, continue pagando R$ 600 por família.

"O que é mais urgente é a questão social. Essa é mais urgente. Garantir o Bolsa Família de R$ 600. Isso é importante. Não interromper e implementar os R$ 150 para família que tenha criança com menos de seis anos. Se a gente for verificar a pobreza absoluta, a fome, aonde a questão social é mais grave? É exatamente nessas famílias com crianças pequenas. Então, ela tem e vai corrigir também uma questão, que às vezes você não tem criança e é R$ 600 e tem uma família com três crianças e é R$ 600. Então essa é a lógica e é o mais urgente", disse ele.

Alckmin também afirmou que outro objetivo é não interromper serviços públicos essenciais, como educação, saúde, tratamento de câncer e remédios para quem tem doença crônicas, além de não interromper obras.

Ele rechaçou que já haja uma definição a respeito de como o governo vai liberar espaço no orçamento para cumprir essas prioridades. Está em discussão a criação de uma PEC da Transição ou da adoção de uma MP com créditos extraordinários após o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). Essa definição deve se dar até esta quarta-feira (9).

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