O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou uma cerimônia de contratação dos primeiros médicos do programa Médicos pelo Brasil, lançado pelo governo federal em 2019, para criticar e desqualificar os profissionais de saúde cubanos do programa Mais Médicos, lançado em 2013 no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
"Esse era o programa do passado, Mais Médicos, do PT, um serviço que escravizava nossos irmãos cubanos e que não atendia a população, porque [os cubanos] não sabiam absolutamente nada de medicina", afirmou o presidente, nesta segunda-feira (18), sem apresentar qualquer estudo ou levantamento para embasar a crítica aos profissionais.
No mesmo discurso, Bolsonaro também acusou o governo do cubano Fidel Castro de enviar agentes infiltrados, que teriam fugido do Brasil quando o atual governo assumiu.
Na sequência, admitiu que muitos brasileiros estavam satisfeitos com o atendimento dos cubanos, mas que isso se deve à "humildade" dessas pessoas.
"A gente sabe que pessoas humildes, muitas vezes só de você tratar bem elas já ficam satisfeitas. O povo brasileiro, ao receber aqueles cubanos, sem saber que grande parte deles não tinha qualificação, mas sendo tratados bem, ficavam satisfeitos. Mas [os cubanos] enganavam o povo brasileiro", disse o presidente.
"Mas eles [médicos] eram também pessoas humildes que estavam cumprindo uma missão do regime cubano", finalizou.
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