Governo

Irmão de Antonio Palocci é nomeado para a transição de Lula

Adhemar Palocci foi incluído no grupo de Minas e Energia

Por O Tempo Brasília
Publicado em 12 de dezembro de 2022 | 11:28
 
 
 
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O engenheiro civil Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, foi nomeado como integrante do grupo de trabalho de Minas e Energia da transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O nome dele aparece na portaria 71 com data de quinta-feira (8), e publicada no Diário Oficial da União (DOU). A portaria é assinada por Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador do grupo.

Adhemar Palocci, que é engenheiro civil formado pela Universidade de São Paulo em 1981, com especialização em geotecnia pela Universiade de Brasília (2000) e em Transportes pela Escola de Engenharia de São Carlos (1983), é funcionário de Furnas Centrais Elétricas desde 1987.

Na Lava Jato, assim como o irmão, ele também acabou tendo o nome envolvido. Em 2015, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, apontou que Adhemar teria recebido propina na Esletronorte, estatal federal, relacionada à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Os recursos seriam destinados ao MDB. O caso não avançou.

Dez anos antes, o nome de Adhemar Palocci também esteve em evidência, quando quase foi chamado a depor na CPI dos Correios. na época, governistas conseguiram barrar a convocação dele para explicar uma eventual ligação com a corretora InterBrazil, empresa liquidada pela Susep em razão de irregularidades. A empresa foi investigada por ganhar seguros de estatais do setor elétrico após contribuir por campanhas eleitorais petistas em Goiás e no Brasil. Fornecedores indicaram que Adhemar autorizava os pagamentos, o que ele negou.

Os grupos de trabalho da transição devem encerrar os trabalhos nesta terça-feira (13), após a entrega dos relatórios de diagnóstico com os apontamentos sobre as várias áreas do governo.

Irmão é persona non grata

Ao contrário do irmão Adhemar, Antonio Palocci é persona non grata no futuro governo. Em meio às investigações da operação Lava Jato, Antonio Palocci tornou-se delatou e acusou Lula de corrupção. Os dados de sua delação, inclusive, foram divulgados às vésperas das eleições de 2018 pelo então juiz Sergio Moro, que depois assumiria o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, eleito naquela disputa.

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