Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignorou pergunta sobre ter negado, em 2009, a extradição de Cesare Battisti, que foi acusado de terrorismo no país europeu e condenado por quatro assassinatos ocorridos no final da década de 1970, na Itália.
A decisão do petista, que ocorreu há 14 anos, já foi alvo de críticas da atual primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que pertence a um partido de extrema-direita.
Em resposta ao jornal italiano, o presidente Lula deixou de lado o caso Battisti para tratar da sua relação com Meloni.
“Espero conhecê-la melhor hoje e que os encontros que faremos reforcem a relação entre nossos países, que sempre foi tão forte. Somos o segundo país com mais italianos e descendentes do mundo, atrás apenas da própria Itália. Temos 30 milhões de descendentes italianos no país. Eu tenho uma relação excelente com o movimento sindical daqui, com os intelectuais, as empresas. E certamente teremos uma relação muito produtiva com as autoridades italianas, porque a relação econômica entre os dois países está aquém do seu potencial e precisamos trabalhar muito para ter uma relação bilateral à altura do tamanho das nossas economias”, disse.
A entrevista foi publicada na edição impressa e no portal do Corriere della Sera desta quarta-feira (21), mesmo dia que o mandatário brasileiro se encontrou com a primeira-ministra italiana.
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