EM BRASÍLIA

Ministério do Esporte repudia atos racistas durante partida de futebol em escola

Colégio particular em Brasília acusa outra instituição de ensino de que estudantes proferiram ofensas racistas a jogadores durante campeonato de futebol

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 13 de abril de 2024 | 15:41
 
 
 
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O Ministério do Esporte publicou, neste sábado (13), uma nota de repúdio em resposta aos recentes episódios de racismo que surgiram durante uma partida de futsal, realizada no último dia 3, em uma escola particular do Distrito Federal. Em nota, o governo diz que “é inaceitável que episódios de discriminação racial” ainda existam na sociedade, especialmente no ambiente escolar.

"Relatos de insultos racistas direcionados a jovens atletas, com a utilização de termos discriminatórios, são profundamente perturbadores e contrários aos valores de igualdade, respeito e diversidade que defendemos. Diante de tais atos, manifestamos nosso veemente repúdio", afirma nota do Ministério do Esporte. 

A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima denunciou um caso de racismo contra alunos da instituição. Segundo o estabelecimento educacional, alunos do Colégio Galois usaram termos como "macaco", "pobrinho" e "filho de empregada" para se referir aos adversários do torneio. Ambas escolas estão localizadas na Asa Sul da capital federal. 

Na carta de repúdio divulgada nesta semana, a Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima alega que, durante os insultos racistas, "nenhuma providência" foi adotada pelos profissionais da instituição de ensino. O colégio que teve seus alunos vítimas de injúria racial argumenta que os estudantes "agressores" estavam uniformizados, ou seja, "sob a guarda e responsabilidade do colégio".

O caso teve repercussão na mídia, o que levou o Ministério do Esporte a se pronunciar. “Para construirmos uma sociedade saudável, é crucial que o esporte e a escola sejam espaços onde todos se sintam bem-vindos e valorizados. Além disso, é fundamental que atletas, torcedores, árbitros, dirigentes, educadores e todos os envolvidos no universo esportivo atuem de forma ética e responsável”.

O Ministério do Esporte lembrou ainda que trabalha em parceria com a pasta da Igualdade Racial para lançar o “Plano Nacional Esporte sem Racismo”. Casos de preconceito no futebol tomaram conta das manchetes internacionais nos últimos meses. 

O caso de maior repercussão envolvendo um atleta brasileiro é do jogador de futebol Vini Júnior, do Real Madrid na Espanha. Ele tem sido vítima constante de ataques e insultos racistas por times adversários no campeonato espanhol. A recorrência dos ataques ao brasileiro levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a cobrar uma atitude das autoridades espanholas. 

 

 

 

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