O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta sexta-feira (14), que o apagão de dados que atingiu a pasta não veio do governo, e sim de “criminosos”.

Desde o ataque hacker ocorrido em dezembro, sistemas como o aplicativo ConecteSUS, que contém dados de vacinação dos brasileiros, além das plataformas e-SUS Notifica e SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), têm apresentado instabilidade. Dados lançados após dia 10 de dezembro seguem indisponíveis em algumas plataformas.

“Se houve sabotagem, deve ter sido… não foi por parte do ministério, tá? É de parte de criminosos. Isso tudo tá sendo apurado pela polícia federal. Nós estamos tranquilos. Onde falta transparência não é no nosso governo”, disse Queiroga, ao ser questionado por jornalistas sobre o pedido de parlamentares para que ele seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em função do caso.

Vacinação infantil

Questionado sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade, Marcelo Queiroga disse que a decisão cabe aos pais.

“A recomendação feita pelo Ministério da Saúde está feita. Os pais são livres para levarem seus filhos para a sala de vacinação. E as vacinas devem ser aplicadas segundo as recomendações da Anvisa, que foi quem atestou a segurança”, pontuou.

O ministro destacou que nos Estados Unidos, já foram aplicadas 8 milhões de doses da vacina em crianças e que os estudos apontam uma redução de 90% dos casos de covid-19 entre o público infantil, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Marcelo Queiroga também foi perguntado sobre a possibilidade de incluir a CoronaVac entre os imunizantes oferecidos às crianças. No momento, apenas a Pfizer tem sido distribuídas para essa faixa etária no país.

“Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são consideradas para inclusão no Plano Nacional. Tenho acompanhado pela imprensa a análise que a Aanvisa faz e diante de uma posição concreta, o Ministério vai avaliar”.

Já questionado se recomenda a imunização de crianças de 5 a 11 anos, Queiroga respondeu: “Se eu tivesse um filho dessa idade, minha mulher ia me pegar, cara”.

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