O ministro da Casa Civil, Rui Costa, chamou de “fake news” a possibilidade de seu colega José Múcio deixar o comando do ministério da Defesa e falou que tudo se trata de “guerra política”.
“A tarefa de combater fake news é de todos nós. Não tem o menor cabimento essa hipótese, isso é de quem quer fazer guerra política e fragilizar o ministro. Não existe isso!”, enfatizou. “O ministro estava ontem comigo até dez e meia da noite e já fechamos várias agendas para os próximos dias e para as próximas semanas”.
O deputado e ex-coordenador de campanha de Lula nas redes sociais, André Janones (Avente-MG), disse, pelas redes sociais, na última terça-feira (10), Múcio iria renunciar ao cargo. A postagem viralizou. O Ministro da defesa, no entanto, negou que pediria demissão.
O desgaste entre José Múcio e o governo Lula teria se dado quando bolsonaristas vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8). O ministro assuimiu o cargo em 2 de janeiro, promovendo um discurso "conciliador".
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é responsável pela guarda e segurança da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
O efetivo é composto por militares. No dia do ataque, o número de guardas do GSI não foi suficiente para conter os avanços dos invasores aos prédios.
No Palácio do Planalto, por exemplo, além de depradação de obras e objetos históricos, os vândalos furtaram armas não-letais. O assunto tem gerado desgaste também entre a Segurança Presidencial e o GSI.
Questionado por jornalistas se haveria mudança no GSI, Rui Costa declarou que "elas estão sendo feitas desde o dia primeiro (de janeiro) e continuará (sendo feita".