BRASÍLIA - O coach e empresário Pablo Marçal se livrou de pagar US$ 1 milhão, o equivalente a pouco mais de R$ 6 milhões, na conversão desta segunda-feira (20), a um homem que encontrou na Justiça processos envolvendo ele e suas empresas. 

A cobrança chegou até o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo após ele desafiar, em março de 2024, durante uma transmissão no Youtube, que daria a quantia a quem identificasse qualquer ação judicial que aparecesse seu nome.  

Francisco Sales encontrou não só um, mas nove processos que atendiam às condições impostas por Marçal. Como não obteve resposta, ajuizou uma ação para receber o dinheiro.

A juíza da 2ª Vara Cível de Santana de Parnaíba (SP), Giuliana Casalenuovo Brizzi Herculian, negou o pedido atendendo a defesa de Pablo Marçal. De acordo com os advogados, a promessa foi feita em um contexto de humor, "sem a intenção de estabelecer um compromisso jurídico” e "revogada” após a transmissão. 

Para a magistrada, um dos requisitos para se caracterizar uma promessa de recompensa é que ela seja "séria e digna de tutela".

"Não obstante as alegações autorais, observa-se que a afirmação do requerido, no contexto em que feita, não pode ser considerada como algo a ser levado a sério, considerando-se que foi feita de forma jocosa", escreveu Giuliana ao considerar a cobrança improcedente. 

Marçal fez desafio mais de uma vez

Não é a primeira vez que Pablo Marçal é cobrado em juízo por promessas e desafios feitos pela internet. Em maio do ano passado, o advogado do Ceará César Crisóstomo, 40 anos, 
pediu US$ 1 milhão por cada um dos dez processos que identificou em nome do coach. A cobrança saiu em R$ 51 milhões, de acordo a conversão da na época

“Vamos fazer um desafio valendo US$ 1 milhão. Acha aí meu CPF e vê se eu processei alguém por conta de qualquer coisa. Ache um processo, eu processar... Meu amigo, ache um processo. Ache eu processando uma única pessoa”, desafiou Marçal no programa "Pânico", emissora da Jovem Pan. 

“Tenho mais de 50 CNPJ, pode pegar, não existe processo. Rapaz, não tem como, eu que governo essa bodega, não aceito processar, não mexo com gente otária. A gente prospera tanto que não precisa ficar olhando para o lado, para gente otária”, blefou o coach na época.