A defesa de Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL), representada pelo advogado Cezar Bittencourt, expressou descontentamento com o indiciamento de seu cliente no inquérito sobre a suposta fraude em cartões de vacina da Covid-19. Esse indiciamento também resultou no de outras 16 pessoas, conforme relatado nesta terça-feira (19).
À GloboNews, Bittencourt afirmou: "[Estou] absolutamente insatisfeito com o indiciamento ali proposto. Não faz parte do nosso acordo [...] é ilegal e abusivo. Não concordo com isso".
Neste mesmo dia, a Polícia Federal alegou que o ex-presidente "ordenou" seu então auxiliar de ordens a manipular comprovantes de vacinação contra Covid-19 em nome dele e de sua filha, Laura Firmo Bolsonaro, na época com 11 anos.
De acordo com a investigação, os dados falsos sobre a imunização foram elaborados com a colaboração de servidores da Prefeitura de Duque de Caxias, sugerindo que ambos teriam recebido doses na cidade da Baixada Fluminense.
Um trecho do relatório destacou: “Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha Laura Bolsonaro.”
Bittencourt também abordou o ponto da investigação que sugere que seu cliente teria seguido ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro não apenas na questão da fraude nos cartões de vacina, mas também no caso das joias.
“Comandante é quem comanda, né? O Cid era assessor, e o assessor assessora [...] Tomar a iniciativa de praticar determinados fatos, alheios à função que ele estava exercendo, eu acho muito difícil, muito complicado”, declarou.