Repercussão

Após falar que 'não está nem aí', Tarcísio defende polícia de SP: 'Preparada'

Na sexta-feira (8), o governador foi formalmente acusado no Conselho de Direitos Humanos da ONU pela escalada da violência policial no estado

Por Gabriela Oliva
Publicado em 09 de março de 2024 | 13:38
 
 
 
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Após afirmar que "não está nem aí" para as acusações dirigidas a ele por entidades brasileiras na Organização das Nações Unidas (ONU), relativas à crescente violência durante operações na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) defendeu a atuação da polícia paulista, criticando o que chamou de "espetáculo" em torno das operações.

"Nós não estamos apenas expressando a opinião das pessoas. O que as pessoas realmente querem é o combate ao crime organizado. Estamos realizando uma intervenção profissional, contamos com uma polícia bem treinada, e não temos a intenção de confrontar. Em hipótese alguma deixaremos de investigar. No entanto, a dramatização que ocorre em torno disso é extremamente prejudicial para o trabalho das forças policiais e não corresponde às expectativas da população", afirmou no sábado (9).

Na sexta-feira (8), Tarcísio recebeu críticas por suas declarações sobre as denúncias relacionadas à condução da Operação Verão, iniciada pela Polícia Militar em julho de 2023, após a morte do policial militar da Rota, Patrick Bastos Reis. Durante esse período, a operação resultou na morte de 28 civis em cerca de 40 dias.

"Esta semana, participei da Intermodal. Lá, encontrei diversos empresários da Baixada Santista que atuam no Porto de Santos. O que ouvi foi: 'Tarcísio, muito obrigado pelo que vocês estão fazendo. Ninguém nunca fez isso antes'. Ouvi isso do Judiciário. Então, sinceramente, temos plena confiança no que está sendo realizado. E quanto às críticas, que venham da ONU, da Liga da Justiça, de qualquer lugar, que eu não estou nem aí", defendeu.

Em 11 de fevereiro, entidades de direitos humanos visitaram a Baixada Santista para investigar a atuação dos policiais durante a operação. Além das organizações, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também manifestou preocupação.

Na sexta-feira )8), o governador foi formalmente acusado no Conselho de Direitos Humanos da ONU, durante uma reunião em Genebra, pela escalada da violência policial no estado. A acusação, apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns, alega que a situação na região é resultado de uma política de Tarcísio "que está promovendo a violência policial contra pessoas negras e pobres".

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