A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a obrigação de que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, e o coronel Jean Lawand Jr. compareçam à CPMI do 8 de janeiro. Contudo, eles poderão ficar em silêncio nas questões que julgar que podem incriminá-los. Os dois recorreram com um habeas corpus ao Supremo para tentar ser liberado da presença.
Mauro Cid teve aprovado requerimento para convocação à CPMI como testemunha. Contudo, seu depoimento ainda não tem data definida no colegiado. Antes, a CPMI tinha marcado de ouvir nesta segunda-feira (26) o coronel Jorge Naime, ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Contudo, Naime apresentou um atestado médico para não comparecer, após ter pedido para faltar rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na terça-feira (27) está marcado o depoimento do coronel Jean Lawand. O militar ganhou notoriedade após a divulgação pela revista "Veja", na semana passada, de um conteúdo encontrado pela Polícia Federal no celular de Mauro Cid.
No aparelho, havia um documento com uma espécie de plano de golpe para anular a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado. Foram identificadas mensagens em que Lawand pedia que Cid convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar — o que configuraria um golpe de Estado.
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