Um juiz mandou prender Henrique Eduardo Alves (MDB), ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. O motivo é o não pagamento de uma dívida de R$ 938 mil em pensão alimentícia.
A decisão é do juiz Marco Aurélio Paioletti Martins Costa, da 2 ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo, que expediu um mandado de prisão na semana passada. O processo é movido pela ex-mulher do político, Priscila Gimenez, que cobra parcelas pendentes da pensão para o filho caçula, Pedro Henrique Alves, 20 anos.
Em nota, o ex-presidente da Câmara disse que ainda não foi notificado da decisão, mas está “tranquilo e com a consciência em paz”. Ele também afirma que o divórcio foi resolvido há mais de dez anos de forma consensual com a divisão do patrimônio.
“Não tenho como pagar uma pensão alimentícia de quase R$ 50 mil por mês. É totalmente fora da minha realidade e da necessidade de um rapaz de sua idade”, diz o texto.
O ex-ministro já passou uma temporada na prisão em 2017, por caus das operações Sépsis e Manus.
A primeira investigou suposto recebimento de propina de empresas beneficiadas com aportes milionários do FI-FGTS. A segunda mirou suspeitas de vantagens indevidas na construção da Arena das Dunas para a Copa de 2014. Alves sempre negou irregularidades e reiterou sua inocência.
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