ATAQUES

‘Judiciário não pode baixar a cabeça para populistas’, diz Moraes, do STF

Segundo Alexandre de Moraes, “a internet deu voz aos imbecis e movimento foi construído principalmente pela extrema-direita

Por Levy Guimarães
Publicado em 14 de maio de 2022 | 12:30
 
 
 
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, neste sábado (14), que o Poder Judiciário não irá “se acovardar” perante ataques de milícias digitais e não pode “baixar a cabeça para movimentos populistas”.

Em palestra no último dia do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, ele destacou que as eleições de 2022 serão limpas e transparentes. Moraes vai assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano e comandará a Corte durante o pleito deste ano.

"Vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas, transparentes e por urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem ganhar vai ser diplomado nos termos constitucionais, e o Poder Judiciário vai continuar fiscalizando e garantindo a democracia", disse.

Segundo o ministro, as milícias digitais produzem conteúdo falso e notícias fraudulentas, com “o mesmo ou mais acesso que a mídia tradicional".

"A internet deu voz aos imbecis. Hoje qualquer um se diz especialista, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário", afirmou.

Moraes afirmou que movimentos populistas se apoderaram das plataformas digitais, em um movimento construído “principalmente pela extrema-direita”. “Não é descoordenado, tem muito dinheiro”, completou.

No entanto, Alexandre de Moraes disse não acreditar em uma ruptura da democracia e das instituições no Brasil.

“Nós superamos dois impeachments. O fato de termos turbulências não significa que não temos estabilidade democrática”.

Na última sexta (14), outros ministros do STF fizeram palestras no Congresso Brasileiro de Magistrados. Atual presidente do TSE, o ministro Edson Fachin pediu que todos os Poderes prometam respeitar o resultado das eleições.

Já o ministro Luís Roberto Barroso afirmou ter gastado muito tempo discutindo “a bobagem do voto impresso”. Ambos também falaram em ataques à democracia por parte de grupos na internet.

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