A Justiça eleitoral paulista negou pedido do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) para trancar uma investigação contra ele e sua esposa, Rosângela Moro, por fraude eleitoral. O foco do inquérito policial é a transferência do domicílio eleitoral do casal, que saiu de Curitiba e foi para São Paulo.
O domicílio eleitoral de Moro foi questionado em abril pela empresária Roberta Moreira Luchsinger, pré-candidata a deputada pelo PT. Ela acusou o casal de não ter residência fixa na capital paulista e disse que a mudança do título foi possível com base em informações falsas.
Em junho, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo barrou a transferência e desde então o ex-juiz de Curitiba não pode ser candidato na capital paulista. O entendimento do colegiado foi de que Moro não apresentou prova suficiente de vínculo com a cidade.
Depois disso, o ex-ministro da Justiça pediu para trancar a investigação policial sobre o caso. Para o juiz Dimitrios Zarvos Varellis, da 5ª Zona Eleitoral de SP, é necessário continuar as diligências para verificar se há ou não crimes.
Varellis relembrou que o julgamento no TRE não descartou o dolo porque os magistrados não analisaram se Moro agiu ou não com má-fé e dolo. Esse é o ponto principal do inquérito.
A decisão é do dia 18 de julho e autoriza a continuidade das investigações pelo prazo de 60 dias.
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