O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro virou réu em uma ação popular em que deputados federais do PT pedem que ele seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por sua atuação à frente da Operação Lava Jato.
A petição inicial foi recebida na segunda-feira (23) pelo juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal Cível de Brasília, que determinou a citação de Moro. Não há valor estipulado da indenização a ser paga em caso de condenação.
A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (24) e confirmada pela equipe do O TEMPO em Brasília.
Assinada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, a iniciativa da ação é dos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).
O ex-juiz se manifestou sobre o caso na manhã desta terça-feira (24) e afirmou que considera a ação risível. Segundo ele, há uma inversão de valores completa no episódio. "Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação. Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. Todos que lutaram contra a corrupção serão perseguidos na 'democracia petista'", disse o ex-juiz.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou e afirmou que espera que o juiz tenha um julgamento justo, mas que acha que ele cometeu um crime contra o país.
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