A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a segunda fase da Operação Yoasi, que investiga suspeitos de lavar dinheiro oriundo do desvio de medicamentos destinados ao povo Yanomami, que sofre com uma crise humanitária devido à fome e falta de assistência médica nos últimos anos, o que levou à intervenção do governo federal.
Nesta quarta, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR), expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima.
A primeira fase da operação, deflagrada em 30 de novembro de 2022, investigou o suposto esquema que teria deixado mais de 10 mil crianças Yanomamis desassistidas, com a efetiva entrega de apenas 30% dos medicamentos adquiridos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
As investigações indicaram a participação de outros suspeitos nos crimes investigados, os quais teriam realizado “vultuosos aportes em empresas suspeitas com o objetivo de dar aparência de legalidade aos valores supostamente desviados”.
Apenas um dos alvos da operação desta quarta, preso na Operação Hipóxia, deflagrada no início de setembro e que investigou o superfaturamento de oxigênio destinado aos Yanomammis, é suspeito de ter repassado R$ 4 milhões para a empresa investigada na Yoasi. As investigações seguem em andamento.