Investigação

PF faz operação contra hackers que derrubaram ConecteSUS

A PF diz que, durante a investigação, agentes e peritos descobriram que tais ataques foram realizados por uma organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza

Por Renato Alves
Publicado em 16 de agosto de 2022 | 08:23
 
 
 
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (16) uma operação para coletar provas em investigação sobre os crimes relacionados aos ataques cibernéticos contra diversos órgãos do governo federal, entre eles o Ministério da Saúde, no fim de 2021. A ação de hackers tirou do ar o ConecteSUS.

A PF diz que, durante a investigação, agentes e peritos descobriram que tais ataques foram realizados por uma organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza, mirando entidades públicas e privadas no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia.

São cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos estados da Paraíba, de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 12ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal no bojo das investigações.

“O inquérito policial foi instaurado em 10 de dezembro de 2021, quando a Polícia Federal tomou conhecimento de que o ambiente em nuvem do Ministério da Saúde havia sido atacado, ocasião em que os invasores deletaram arquivos, dados e instâncias da pasta atacada. Ressalte-se que o ataque comprometeu, inclusive, o site conectesus.saude.gov.br, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação”, diz z PF em nota.

Além dos ataques ao Ministério da Saúde, o grupo acessou indevidamente o ambiente virtual dos seguintes órgãos: Controladoria-Geral da União, Ministério da Economia, Instituto Federal do Paraná, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Escola Nacional de Administração Pública, Agência Nacional de Transporte Terrestre, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Agência Nacional de Energia Elétrica e da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Os crimes apurados na investigação são os de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento; além do crime de corrupção de menores, com previsão no Estatuto da Criança e do Adolescente, e lavagem de capitais.

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