Judiciário

PF prende acusados de fraude de R$ 54,6 milhões no Auxílio Emergencial

Operação Apateones ocorre em 12 Estados e no DF para desarticular quadrilha que burlava programa para furtar recursos públicos

Por O Tempo Brasília
Publicado em 07 de março de 2023 | 10:36
 
 
 
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A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (7) dois mandados de prisão preventiva e 47 de busca e apreensão em uma operação que busca neutralizar uma quadrilha especializada em fraudes no programa Auxílio Emergencial, lançado para socorrer os mais atingidos economicamente pela pandemia da Covid-19. O prejuízo apurado é de mais de R$ 54 milhões. No total, 200 policiais federais participam da operação Apateones. Os mandatos são cumpridos em Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, e também no Distrito Federal, e foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.

"A investigação, iniciada em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à Policia Federal em Brasília com dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54.600,00 (cinquenta e quatro mil e seiscentos reais) e desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba/SP, foi instaurada na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e revelou milhares de outras fraudes", diz a Polícia Federal.

Segundo a corporação, a investigação inicial identificou que os criminosos teriam recebido valores provenientes de centenas de contas.

"O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estavam situados nos estados de Goiás e Rondônia, sendo este último, lugar de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba. Em um segundo estágio da investigação, verificou-se que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias", apontou a PF.

Relatórios de inteligência e quebras de sigilo identificou que a organização movimentou mais de R$ 50 milhões por meio de 10 mil contas fraudadas. Além das prisões e buscas, foram decretados bloqueio de bens e valores encontrados no nome dos investigados, que responderão por furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 22 anos de prisão.

Segundo a PF, a ação foi possível por meio da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes do Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam, além da corporação, o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

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