A senadora Kátia Abreu (Progressistas), que é pré-candidata à reeleição, disse ter sido pega “de surpresa” com o apoio do PSD de Tocantins à pré-candidatura do deputado federal Osires Damaso (PSC) ao governo do estado.
Ela, que é pecuarista e foi ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff (PT), foi traída pelo próprio filho, o também senador Irajá Silvestre, pois o diretório do PSD no Tocantins é presidido por ele.
Kátia Abreu apoia a chapa formada pelo adversário de Damaso, o atual governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que disputa a reeleição. O PSD de Irajá também apoiava a continuidade de Barbosa no cargo, mas mudou de lado.
A senadora se manifestou por meio do Instagram. Ela disse na rede social que respeita a decisão do filho, mas reforçou que o Progressistas, presidido por ela, não participou da definição.
“Ele (Irajá Silvestre) é presidente do PSD, tem seu grupo político, deve ter consultado esse grupo”, disse Abreu em um vídeo publicado no Instagram. “Nós não fomos contatados antes dessa decisão, então nós fomos pegos de surpresa”, completou a senadora.
Kátia Abreu disse ainda temer que, após a decisão de Irajá, ela possa ser “rifada” em sua atual chapa.
“Não tive nenhum motivo para mudar de posição, mas compreendo que o grupo poderá me substituir na chapa e eu vou compreender que façam isso depois da atitude do PSD”, lamentou a senadora.
Kátia Abreu está no Senado desde 2007. Já Irajá ocupa o cargo desde 2019 e possui mais quatro anos na casa.
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