Os mineiros estão divididos quando o assunto é a liberação dos jogos de azar. Para 49,1% da população, a jogatina deve continuar proibida pelo governo. No entanto, 46,1% dos entrevistados acham que a questão parte de uma escolha individual, ou seja, a pessoa administra seu dinheiro da forma que ela bem entender.
“Não concordo com a proibição, são jogos que já acontecem há algum tempo na cultura brasileira, então não vejo motivos para a interferência do governo. A pessoa tem o direito de decidir como gastar o dinheiro, ela pode escolher, assim como ela vai à loteria e faz um jogo”, diz o operador de caixa Saymon Ferreira Santos, 29.
O ambulante Francisco Elias Félix, 63, argumenta que o vício pode levar ao descontrole das finanças familiares se o governo não impuser uma restrição. “Sou contra a liberação de bingos ou cassinos. Muitas pessoas que não têm a cabeça boa vão deixar de levar o sustento para a família e jogar no bingo. Sou totalmente a favor de o governo proibir e acabar com isso, não pode existir”, acredita.
Vale lembrar que, de acordo com um decreto-lei de 1946 do presidente Eurico Gaspar Dutra, os jogos de azar são proibidos no país. Nos últimos anos, o Congresso tem estudado a liberação de bingos, caça-níqueis e cassinos, entre outros.