A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso esteve em Belo Horizonte nesta segunda-feira (13), onde participou de mais uma edição da Caravana da Independência, evento a parlamentar vem realizando pelo Brasil para angariar apoio para a reforma da Previdência. Em entrevista à imprensa, a parlamentar ressaltou a importância de mudanças nas regras atuais e afirmou que é preciso que a população pressione os deputados e senadores para aprovar a reforma. 

"Queremos que a população pressione, e por pressionar você pode entender de duas maneiras: uma positivamente, dando conforto ao parlamentar, dizendo que ele pode votar sim (na reforma da Previdência), que não vai perder seu voto na próxima eleição (por aprovar a medida). E obviamente aquele que está jogando contra o país e contra seu próprio estado deve ser pressionado com um pouco mais de intensidade", disse Hasselmann, reforçando que a proposta do governo federal tem dimensões "robustas", com meta de economia de R$ 1 trilhão em dez anos.

Segundo ela, é preciso desse engajamento para auxiliar o país e também socorrer os estados que estão em situação difícil. "Não há possibilidade de crescimento do Brasil e de ressuscitar os estados que estão na situação como Minas está sem aprovação da Nova Previdência".

Sobre a possibilidade de mudanças no texto original, a deputada afirmou que "o governo não abre mão de nada por enquanto". No entanto, ela ponderou que "o Congresso é soberano e pode fazer qualquer mexida". "Qual o nosso pedido? Que independentemente do que se mexa, que permaneça a espinha dorsal de R$ 1 trilhão". Nesse contexto, ela reforçou que, embora o ideal fosse aprovar a proposta na íntegra, o governo precisa de votos para aprovar o projeto. "Se houver acordo entre líderes, es está caminhando para isso, isso é da democracia. Faz parte da democracia o legislativo deixar sua digital. Agora, o que não dá é sair mexendo em tudo".


Protestos
Sobre os protestos que estão sendo organizados para a próxima quarta-feira (15) em todo o país contra a reforma da Previdência e os cortes na educação anunciados pelo governo, Hasselmann classificou o movimento como "um tiro no pé". "Essas pessoas que estão fazendo esse tipo de manifestação estão trabalhando contra o Brasil. E aí a população tem que fazer seu julamento de quem de fato merece atenção: aqueles que estão lutando pela reconstrução do Brasil ou os que estão lutando por uma situação de falência absoluta em todo o país?", disse, afirmando que sem a aprovação da reforma Previdenciária "não há para onde ir". "Num português bem claro para todo mundo entender: ou aprova a Previdência ou é quebradeira geral".

Ela ainda afirmou que os manifestantes saem "fazendo barulho sem saber fazer conta" e que eles são "irresponsáveis com o país". Com relação aos cortes de verbas em universidades, ela afirmou que trata-se de um contingenciamento. "E vamos combinar, né gente? Três e um quebradinho (a parlamentar referia-se aos 3,5% de contigenciamento no orçamento). Isso não fez nem cócegas. É muito barulho em cima de pouca coisa".