Lula, Ciro, Janones e Sofia criticam alta dos combustíveis e CPI da Petrobras

Diversos pré-candidatos à Presidência da República se manifestaram nesta sexta-feira (17) quanto à decisão da Petrobras de aumentar em 5,18% o preço da gasolina em 14,26% o preço do diesel. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), André Janones (Avante) e Sofia Manzano (PCB) também se manifestaram sobre o anúncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que está articulando com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) a criação de uma CPI da Petrobras.

Lula, que está em Alagoas neste sábado, criticou em suas redes sociais as ações do governo para evitar o aumento.

"A gasolina do Bolsonaro, que ele disse que iria baixar, já anunciaram um novo aumento. Ele inventou que a solução é reduzir o ICMS, mas tudo que ele vai fazer é diminuir o dinheiro da educação e da saúde nos Estados", disse o presidente, em referência a um projeto aprovado no Congresso para limitar a alíquota de ICMS dos combustíveis e do setor de energia. 

Mais cedo, o ex-presidente já havia criticado a política de preços da companhia. "A gente já provou que é possível lucrar com a Petrobras, vendendo a gasolina com o preço em real. Por que depois que viramos auto-suficientes em petróleo começamos a importar? Por que impor um preço internacional a um produto nacional? Isso é perda de soberania", disse Lula.

Ciro Gomes, por sua vez, chamou o reajuste de escárnio e afirmou que a solução seria a saída do presidente da República.

"Absurdo e escárnio: a Petrobras volta a aumentar os combustíveis. Temos uma empresa pública imperial e insensível ao sofrimento do povo. E um presidente banana que não se impõe", disse Ciro Gomes, completando: "A mentira de Bolsonaro foi desmascarada: ICMS não aumenta preços dos combustíveis. Sua frouxidão também: se esconde, tremendo, atrás de Lira para tentar resolver a crise da Petrobras. Fora, seu frouxo!"

O pedetista afirmou ser contra uma CPI da companhia. "Bolsonaro está em seus estertores. Acaba de anunciar que pediu a Lira uma CPI para investigar a diretoria da Petrobras que ele mesmo nomeou. Quem precisa de CPI é ele. Aliás, de impeachment!", afirmou.

André Janones Também se manifestou, de forma irônica: "Os ataques do governo a Petrobras é o primeiro caso de oposição a si mesmo registrado no país". Segundo ele, o governo faz uma simulação ao criticar a companhia. "O teatro pra atacar a Petrobras como se o governo não fosse o responsável pela mesma, não cola. Não tem coragem pra atuar na política de preços, vende nosso petróleo cru sem impostos, não gera interesse para investimento em refinarias no país e praticamente doa o nosso etanol", afirmou.

Candidata do PCB, Sofia Manzano foi mais uma que criticou a política de preços da Petrobras e a reação do governo e defendeu a reestatização total da companhia . "Os aumentos dos preços dos combustíveis são a estratégia do Bolsonaro para acabar com a Petrobras. A ideia é jogar o povo contra a empresa para vendê-la na xepa e acabar com qualquer possibilidade de retomar a soberania do petróleo. Seguimos na luta pela #Petrobras totalmente estatal", disse.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.