América Latina

Lula, Dilma e Gleisi defendem Cristina Kirchner, condenada por corrupção

Vice-presidente da Argentina é acusada de participar de esquema em obras públicas em seu país

Por O Tempo Brasília
Publicado em 07 de dezembro de 2022 | 13:23
 
 
 
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Integrantes do PT saíram nas últimas horas em defesa de Cristina Kirchner, a vice-presidente da Argentina que foi condenada por corrupção em seu país. Declarações de apoio vieram do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-presidente Dilma Rousseff, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do próprio partido.

Cristina foi condenada a 6 anos de prisão, sob a acusação de liderar uma "extraordinária matriz de corrupção" ao lado do marido, Néstor Kirchner (falecido em 2010), quando os dois governaram o país. De acordo com o processo que apura irregularidades na concessão de obras públicas, um empresário teria pagado propina para ter acesso a contratos do governo.

Lula foi um dos que se manifestou nesta quarta-feira (7) pelas redes sociais. "Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina,
Cristina Kirchner. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia. Torço por uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina", disse ele em suas redes sociais nesta quarta-feira (7).

Dilma Rousseff também defendeu Cristina Kirchner, dizendo que ela é vítima de perseguição. 

"Além da prisão, a sentença dada ontem a inabilita para a vida pública por toda eternidade. A decisão da Justiça argentina contra Cristina Kirchner é  uma auto confissão explícita da perseguição contra ela. A sentença, em definitivo, é injusta e recai sobre Cristina, que é uma das mais importantes líderes da América Latina. Sem dúvida, é uma exigência da extrema-direita, na Argentina, assim como a condenação do presidente Lula teve sentido similar no Brasil", disse Dilma Rousseff.

A ex-presidente ainda afirmou que presta "total solidariedade" a ela, "assim como a todos os líderes, militantes e ativistas progressistas perseguidos e condenados injustamente, na história recente em nosso continente". 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também publicou mensagem semelhante em suas redes sociais, na terça-feira (6). "Todo apoio à companheira Cristina Kirchner, vítima de perseguição e politização do judiciário. O PT está ao seu lado, força, a verdade vencerá!", disse.

Além disso, Gleisi também assina, junto com o secretário de Relações Internacionais, Romenio Pereira, uma nota de apoio à política argentina.

"O Partido dos Trabalhadores manifesta seu apoio incondicional à companheira e vice-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ante a recente condenação por um tribunal argentino. O processo contra Cristina tem um caráter claro de perseguição política contra uma importante líder popular argentina na atualidade, mais um caso típico de lawfare em nosso continente", diz a nota do partido.

O PT ainda afirma que "a acusação não se sustenta, foi inclusive julgada improcedente por um juiz anterior, mas o caso foi reaberto e julgado por uma nova corte, com os grandes meios de comunicação alimentando a opinião pública em favor da condenação".

A legenda ainda citou o episódio da operação Lava Jato no Brasil, que condenou e levou Lula para a cadeia, em ações também contestadas pela sigla.

"Fracassaram, assim como irão fracassar os mesmos que estão em conluio perseguindo Cristina, que conta com o apoio da maioria da população contra este caso ofensivo aos direitos de uma cidadã capaz de lutar e trabalhar exemplarmente pelo povo argentino", enfatiza o PT, que diz acreditar que ela será absolvida após o julgamento de seus recursos.

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