O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá desembarcar em Curitiba, no Paraná, nesta sexta-feira (18), pela primeira vez desde que foi preso. O retorno acontece dois anos e quatro meses depois de deixar a carceragem da Polícia Federal da capital paranaense, onde ficou preso por 580 após ser condenado em processo da Operação Lava Jato.
A viagem será em busca de apoio político para a eleição presidencial de 2022. O petista já cumpre agendas em pré-campanha e deve oficializar a pré-candidatura em abril, junto ao anúncio da chapa com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, concorrendo a vice-presidente.
Nesta sexta, Lula irá participar da filiação ao PT do ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião, em evento em Curitiba que tem expectativa de reunir militantes de diferentes locais da região Sul do país.
Requião será o candidato do partido ao governo do estado e fará palanque a Lula no Paraná, em uma tentativa de reduzir a rejeição do PT no estado. Em 2018, 307 das 399 cidades paranaenses destinaram maioria dos votos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que derrotou o então candidato petista Fernando Haddad.
Após perder a presidência do MDB, Requião deixou a sigla em agosto de 2021. No último sábado (12), o partido anunciou apoio ao governo do atual governo Ratinho Júnior (PSD), que é alinhado ao governo Bolsonaro – maior adversário eleitoral de Lula neste ano.
Ainda em Curitiba, Lula terá encontro com líderes partidários e, no sábado (19), irá a Londrina para visitar o assentamento Eli Vive, do Movimento dos Sem-Terra (MST). A área foi criada pelo petista em 2009, quando chefiava o Palácio do Planalto no segundo mandato. A agenda terá o reencontro com o grupo Vigília Lula Livre, que fez uma espécie de acampamento na superintendência da Polícia Federal para acompanhar a prisão do ex-presidente.
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