Após confusão nas galerias da Câmara Municipal durante a reunião ordinária na tarde da última quinta-feira (09), a Escola Municipal Marconi, localizada no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte, suspendeu as aulas desta quinta-feira (10).

Segundo comunicado da instituição, a paralisação é uma forma de protesto contra as agressões físicas sofridas pelos professores e estudantes. E, ainda, "contra a intolerância com as manifestações legítimas e pacíficas do público presente na Câmara Municipal de Belo Horizonte em 9/10, dia da votação do Projeto Escola Sem Partido", diz a nota.

O comunicado também repudiou ofensas que teriam sido direcionadas a professores da rede municipal de ensino nas redes sociais de alguns vereadores.

As aulas estão suspensas para algumas turmas do 4° ao 9° ano, com ressalva de algumas turmas (5°A e 9°A).

O projeto de lei Escola Sem Partido segue provocando debates calorosos entre vereadores e ao coro de apoiadores e críticos que acompanham, da galeria, a votação. Desde que o texto entrou na Casa, a bancada progressista articula a obstrução para evitar que o PL seja votado.

Na última quarta-feira (9), no espaço reservado para que os cidadãos acompanhassem a sessão, houve tumulto e agressões, o que motivou a presidente da Casa, Nely Aquino (PRTB) a pedir o esvaziamento das galerias.

Na reunião extraordinária, no finalzinho da noite, o clima voltou a esquentar dessa vez com o protagonismo dos vereadores Mateus Simões (Novo) e Gilson Reis (PCdoB).

O projeto segue na pauta de votação da Casa.