GOVERNO DO ESTADO

Minas lança pesquisa com servidores para coibir casos de corrupção

Questionário ficará disponível até o fim do mês na internet para resposta dos 317 mil servidores ativos

Por Gabriel Ronan
Publicado em 07 de agosto de 2023 | 15:12
 
 
 
normal

O governo de Minas lançou, nesta segunda-feira, uma pesquisa com os servidores públicos para coibir casos de corrupção nas dependências do Executivo. O questionário com 30 perguntas está disponível neste link até 31 de agosto. As respostas são anônimas, e a participação do funcionário público não é obrigatória. 

O objetivo do trabalho é melhorar os mecanismos de controle de Minas Gerais para evitar casos de corrupção, como explica o controlador-geral do estado, Rodrigo Fontenelle. “Com esse diagnóstico, a gente espera fazer ações mais focadas para combater realmente desvios éticos e atos de corrupção no Estado de Minas Gerais. A gente não tem feito isso de forma mais efetiva em estados. Só temos isso de forma mais geral na União e de forma internacional por meio da Transparência Internacional”, diz.

O lançamento da pesquisa aconteceu na manhã desta segunda no auditório JK, situado dentro da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, em BH. Também houveram palestras e a participação do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões. Ele, no entanto, esteve presente ao evento no início da manhã, por volta das 9h30, bem antes da imprensa chegar ao local. A divulgação inicial era de que o evento se iniciava às 11h30.

Em sua fala, Mateus Simões disse que a política no Brasil tem melhorado e se afastado dos escândalos de corrupção. Ele citou o Mensalão e a Operação Lava-Jato, mas não mencionou os casos ocorridos na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nós não somos isentos de erros. O Brasil não é um país de premiação da corrupção. Aliás, já há muito (tempo) não é. Apesar dos escândalos terríveis de desvios que nós tivemos ao longo dos anos, a política brasileira vem se moralizando”, disse.

O evento também comemorou os 10 anos da Lei Anticorrupção, instituída em plano federal em 2013, mas em vigor em Minas desde 2015. “Essa legislação possibilitou ao Estado responsabilizar as pessoas jurídicas, as empresas, que cometem atos lesivos contra o Estado, como fraudes em licitação ou qualquer outro tipo de ato. Com esse ressarcimento desses recursos, que conseguimos por meio de multas e de acordos de leniência, a gente consegue impactar a vida do cidadão de uma maneira melhor, porque a gente consegue investir isso em saúde, educação, segurança pública, entre outras coisas", explica o controlador-geral Rodrigo Fontenelle. 

Minas, atualmente, tem cinco acordos de leniência assinados com empresas privadas, que renderam cerca de R$ 400 milhões em ressarcimentos. Alguns desses acordos estão no âmbito da construção da Cidade Administrativa, obtidos por meio de negociações com as construtoras Andrade Gutierrez e Metha, antiga OAS. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!