À coluna, o tucano disse que preferiu não opinar sobre o texto porque considera que a mudança de datas, nesse curto espaço de tempo, não vai alterar o cenário da doença no país. E, para ele, pode ainda dar impressão para os brasileiros de que o Brasil está pronto para voltar à normalidade.
Promulgada no Congresso Nacional, na manhã desta quinta-feira (2), a proposição determina que os dois turnos eleitorais, inicialmente marcados para os dias 4 e 25 de outubro, ocorram nos dias 15 e 29 de novembro, respectivamente. A medida conta apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por meio de nota, a assessoria de Aécio explicou que o parlamentar sempre defendeu a coincidência das eleições com mandatos de cinco anos para todos, sem direito à reeleição para os cargos executivos. Ele, inclusive, tentou angariar assinaturas para emplacar o texto no Legislativo, mas não conseguiu avançar nesse debate.
“O deputado considera que o adiamento por algumas semanas não mudará consideravelmente a situação a sanitária no país, com o agravante de causar a impressão de que a crise já passou e que, com as eleições em novembro, as pessoas podem voltar a fazer aglomerações, o que seria um erro”, diz um dos trechos da nota.
Ainda segundo a assessoria, o deputado “alerta” para que o precedente criado de alteração de datas de eleições, sem um ganho efetivo, possa ser lembrado e reivindicado de forma indevida no futuro: “Por isso, ele optou por se abster, não dando seu voto pelo adiamento, mas respeitando, claro, a vontade da maioria”.
Na apreciação em primeiro turno, 402 deputados votaram favoravelmente ao projeto, 90 foram contrários e foram registradas quatro abstenções, entre elas do mineiro . Já no segundo turno, foram 407 votos “sim”, 70 “não” e somente uma abstenção, do tucano eleito por Minas.