Conselhos

Aliados de Mandetta recomendam que ele não espere mais pra deixar ministério

O entendimento é que já foram ultrapassados todos os limites do desentendimento entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro

Por Fransciny Alves
Publicado em 16 de abril de 2020 | 12:20
 
 
 
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Aliados do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, têm recomendado que ele entregue o cargo para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda nesta quinta-feira (16) e dê um ponto final ao processo de “fritação” que está em curso. O entendimento é que já foram ultrapassados todos os limites do desentendimento entre os dois e que o risco de desgaste é grande.

O conselho dado ao ministro é que o quadro mudou. Se antes era vantajoso bater de frente com Bolsonaro e tomar as rédeas da crise do coronavírus, agora a avaliação é de que, quanto mais ele demorar a sair, mais desgaste vai ter a imagem dele, além de poder ser considerado como “egoísta” por parte da população. Isso se a leitura que sobressair é a de que a briga entre ele e o presidente pode colocar em risco ações contra a Covid-19 por conta de uma queda de braço. 

Pessoas próximas de Mandetta dizem que já ficou claro para os cidadãos que ele fez tudo que esteve ao seu alcance na luta pelo combate do coronavírus e só está deixando o posto porque não há como desenvolver o trabalho por conta de um clima insustentável de trabalho, onde o chefe do Palácio do Planalto menospreza decisões técnicas.

Nesta quinta-feira (16), Bolsonaro convidou o oncologista Nelson Teich para conversar. Ele é o mais cotado para assumir o lugar de Mandetta. O principal motivo para troca de ministro é o fato de Mandetta seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para lidar com a doença, como o isolamento social, enquanto Bolsonaro defende o afrouxamento das regras. 

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