A bancada da bala no Congresso Nacional divulgou nota, nesta segunda-feira (27), apoiando o nome do hoje ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para assumir a chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

O anúncio ocorre menos de quatro dias após o grupo dizer que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi intransigente com o ex-juiz Sergio Moro. A Frente Parlamentar da Segurança Pública conta com 306 deputados, quase dois terços do Legislativo.

Por meio de uma carta aberta, a bancada afirma que Jorge Oliveira possui conhecimento técnico na seara jurídica e na de segurança pública, que são suficientes para “fazer frente ao desafio de tão importante ministério para o governo e para o Brasil como um todo”.

“Este colegiado se coloca à disposição para somar forças na continuidade do processo de resgate da ordem e do progresso”, diz trecho da nota.

Na última sexta-feira (24), ao tomar conhecimento do comunicado da saída de Moro do comando pasta, a frente havia dito que o presidente não deixou outra saída para o magistrado a não ser a exoneração tendo em vista uma interferência política na Polícia Federal.

STF

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados e da Frente Parlamentar Mista da Segurança Pública do Congresso, Capitão Augusto (PL-SP), também enviou ofício ao presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pedindo para determinar que o Palácio do Planalto mantenha a segurança prestada pela PF a Moro e sua família com a urgência.

“Tal solicitação se deve ao fato de ser o senhor Sergio Moro cidadão de renome nacional que pode ser alvo de ataques contra sua integridade física e de sua família, tendo em vista sua atuação como juiz na operação Lava Jato e também das ações desenvolvidas à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, afirmou na nota.

Ele acrescenta que também se faz necessária consulta ao ex-ministro para confirmar se deseja a prestação desse atendimento pela Polícia Federal.