O ex-candidato à Presidência da República Cabo Daciolo deixou o Patriota e se filiou ao PL. O intuito dele é se candidatar, nas eleições deste ano, à Prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o site do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), a troca se deu no dia 30 de março.
Pastor e bombeiro militar, 44, ele cumpriu mandato como deputado federal na última Legislatura ao ser eleito pelo Psol, em 2014. O ex-parlamentar foi expulso por “infidelidade partidária” após defender propostas contrárias ao Estado laico, como de incluir a frase “Todo poder emana de Deus” na Constituição. Depois disso, ele migrou para o Avante (antigo PTdoB) e posteriormente para o Patriota.
Daciolo ganhou notoriedade nacional nas eleições de 2018 por conta de pérolas em debates pela cadeira do Palácio do Planalto, o que fez com que ele se tornasse alvo de memes nas redes sociais. Sempre carregando uma bíblia, o militar bradava “Glória a Deus” e outras expressões religiosas durante os debates.
Além de frases de efeito - como: “O grande problema que a nação está enfrentando hoje é a falta de amor” -, Daciolo deu várias declarações que tinham como base fake news. Entre elas, a existência do grupo Ursal, que nas palavras dele significava: “União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas”.
A maior parte da campanha do ex-deputado, segundo ele mesmo, foi em jejum e oração no monte, o que resultou em R$ 9.591,37 de gastos declarados à Justiça Eleitoral. Mesmo assim, ficou em 6º na corrida presidencial, à frente de nomes mais conhecidos como do senador Alvaro Dias (Podemos) e dos ex-ministros Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Daciolo obteve 1.348.323 votos.
Migração
O irmão do ex-candidato à Presidência, Alencar Daciolo, também fez essa migração do Patriota para o PL. No último pleito, ele tentou sem sucesso uma cadeira na Câmara dos Deputados.