Os apoiadores do partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil, já se conformaram que não vai ser possível disputar as eleições municipais pela sigla. Mas, para candidatos ligados ao Palácio do Planalto não ficarem de fora do pleito, articuladores têm quebrado a cabeça e, em Belo Horizonte, um acordo está quase sendo fechado.
Para que o deputado estadual Bruno Engler (PSL) concorra a cadeira da PBH, a ideia na capital mineira é de que ele se filie ao DC (Democracia Cristã), do eterno candidato à Presidência da República, José Maria Eymael.
Segundo informações de bastidores, a negociação já leva em conta que após a criação da agremiação de Bolsonaro ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Engler vai deixar o DC.
O acordo também abrange candidatos a vereadores. Nesse caso, eles poderiam se desfiliar do partido de Eymael sem nenhum tipo de sanção.
Correndo contra o tempo
Fato é que Engler não vai ter muito tempo se quiser mesmo concorrer ao cargo ocupado hoje por Alexandre Kalil (PSD). O prazo para mudança de legenda para quem ocupa posto proporcional – deputado e vereadores – vai até o próximo mês. Um agravante é que o deputado precisa de “justa causa” para deixar o PSL, que não liberou ele nem nenhum dos membros para troca de sigla.
Perfil
Presença constante em Brasília, seja no ministério da Educação ou em eventos no Palácio do Planalto, Bruno Engler foi o terceiro candidato a deputado estadual mais votado nas eleições de 2018, como cerca de 120 mil votos.