A corrida eleitoral em Belo Horizonte já começou e, internamente, os dirigentes do PT estão com receio de como vai ser o desempenho da sigla por conta do sentimento “antipetismo” e da quantidade de candidatos que já têm se colocado para a disputa. Há até mesmo um conformismo de que o partido deve sofrer perdas em todo Estado, até mais do que no pleito de 2016, realizado logo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Uma das questões na capital mineira é o fato de que a esquerda não se restringe mais à sigla, uma vez que nas últimas eleições municipais, o PSOL ganhou espaço, com a hoje deputada federal Áurea Carolina sendo, à época, a mais votada para a Câmara Municipal. Ela é quem vai para a disputa pela PBH neste ano e já ganhou apoio de outro nome de esquerda, Duda Salabert (PDT). Assim, há uma preocupação com o desempenho nas urnas.
Ao ver outros partidos se movimentarem, o deputado federal Rogério Correia se lançou, no último fim de semana, como pré-candidato à cadeira da chefia do Executivo. No entanto, há ainda outros sete nomes na legenda que querem ir para a corrida eleitoral e a expectativa é de que, no próximo sábado (4), o martelo seja batido. Entre eles, estão o ex-deputados federais Miguel Corrêa Jr. e Nilmário Miranda, e a economista Luiza Dulci.
A análise na agremiação é de que, independente do debate sobre a união das siglas de esquerda, o partido precisa ter um nome para disputar o cargo majoritário, uma vez que nas eleições deste ano estão proibidas coligações para as chapas de vereadores. Com isso, é preciso dar destaque ao número para consequentemente conseguir mais cadeiras na CMBH.
Até agora, além de Áurea e Correia, devem concorrer ao comando da capital mineira: os deputados estaduais João Vitor Xavier (Cidadania), Bruno Engler (PRTB) e Professor Wendel Mesquita (Solidariedade); e os deputados federais André Janones (Avante) e Júlio Delgado (PSB).