Considerado por alas do PT mineiro como o responsável por tirar da ex-presidente Dilma Rousseff a eleição como senadora, Carlos Viana (PSD-MG) iniciou seu primeiro mandato parlamentar já em ritmo polêmico, parecido com o que lhe rendeu sucesso na imprensa mineira como comentarista e apresentador de programas policiais e políticos.
Já nos primeiros dias, Viana peitou boa parte dos deputados de Minas e bancou a criação da CPI de Brumadinho na Casa – os outros parlamentares defendiam uma comissão mista. Ele chegou a bater boca com os deputados André Janones (Avante-MG) e Rogério Correia (PT-MG).
Depois, defendeu a criação de outra CPI, a da chamada “Lava Toga”, que investigaria integrantes dos tribunais superiores. “Ninguém quer tirar a independência do Judiciário nem questionar decisões; queremos apurar as ligações particulares e os negócios que são feitos. Nossa obrigação é dar respostas por um Judiciário mais transparente”, disse.
Apesar do perfil conservador, Viana não é tido como membro da base do governo na Casa, mas tem mantido boas relações com o Planalto e com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).