Cada vez mais próximo do Palácio do Planalto ao promover os famosos almoços e jantares mineiros, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) disse à coluna que já começou sua pré-candidatura para concorrer, novamente, à presidência da Câmara Federal em fevereiro do ano que vem. Essa vai ser a segunda vez que ele vai disputar o cargo e, segundo o parlamentar, na “hora certa” vai ser eleito para comandar o Legislativo. 

Avesso à tecnologia - até hoje ele usa um telefone antigo sem acesso a aplicativos, como  WhastApp e redes sociais -, é pelo estômago que “Fabinho”, como é conhecido pelos colegas, conseguiu a popularidade e a simpatia dos parlamentares. O gabinete dele é bastante frequentado na Casa, já que sempre há quitutes mineiros à disposição de quem chegar, como linguiça, feijão tropeiro e diversos doces. 

A comida - quase sempre pão com linguiça - também é distribuída em plenário durante votações que se estendem até a madrugada.  Além disso, o mineiro sempre realiza no apartamento funcional encontros com políticos de diferentes frentes. Agora, em tempos de pandemia, ele tem usado essa estratégia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os deputados aliados ao chefe do Executivo.

Pelo menos uma vez por mês, ele tem convidado deputados e ministros para almoços no Planalto, sede do governo, para momentos de descontração com Bolsonaro regado à comida mineira. “Todo mundo tem me procurado para ser vice. E vice eu já fui, não quero mais não. O caminho é ser presidente mesmo. E, no momento certo e adequado, vou ser. O Parlamento é muito diversificado e tenho chances de ganhar as eleições. Não sou um candidato fraco”, disse Ramalho. 

Em 2017, ele foi eleito para ser vice-presidente do Legislativo e, no último pleito pelo comando da Mesa Diretora, ele concorreu ao cargo de presidente, mas acabou ficando em segundo lugar, com 66 votos. Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi quem levou a melhor, com 334 votos. Até então, para a disputa de 2021, o presidente Jair Bolsonaro tem apoiado o nome de Arthur Lira (PP-SP).