Relator da indicação do economista Bruno Serra Fernandes para a diretoria do Banco Central, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apresentou, nesta terça-feira (26), durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos, perguntas dos cidadãos enviadas ao portal do Senado. Entre os questionamentos estava a forma de atuação do Banco Central diante das altas taxas de juros do cartão de crédito.
Além do economista Bruno Serra Fernandes, foi sabatinado o indicado à presidência do banco, Roberto Campos Neto. Pacheco disse que uma das maiores preocupações do Congresso Nacional, neste momento, é a concentração do Sistema Financeiro Nacional nas mãos de um grupo restrito de instituições financeiras públicas e privadas. O senador mineiro pediu, inclusive, a posição do indicado para a presidência do Bacen, Roberto Campos Neto, sobre esse tema.
“O Bacen deve democratizar o Sistema Financeiro Nacional, invocando um princípio das leis que regem a matéria. Quando uma instituição financeira concentra suas operações de crédito com quatro ou cinco ou seis clientes, isso é um limite entre uma gestão agressiva e uma temerária”, afirmou.
Entre os questionamentos usados pelo senador enviados por cidadãos ao portal do Senado estavam como o Banco Central poderia atuar para coibir o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras e os altos juros no cartão de crédito e no cheque especial no Brasil. “É um questionamento que até crianças de dez anos têm: por que os juros do cartão de crédito, quando nós temos uma inflação atualmente controlada no Brasil”, destacou.