Barragens

Votação do projeto que prevê normas mais rígidas ficou para março

Proposta que endurece as penas para quem comete crimes ambientais que resultem em mortes está pronta para ser votada desde junho do ano passado.

Por Fransciny Alves
Publicado em 25 de fevereiro de 2020 | 03:00
 
 
 
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Mais uma semana de trabalho se passou na Câmara dos Deputados sem que o projeto que prevê regras mais rígidas para o controle de barragens fosse apreciado pelo plenário da Casa. Como a coluna mostrou, a proposta que endurece as penas para quem comete crimes ambientais que resultem em mortes, como as tragédias que ocorreram em Mariana e em Brumadinho, em Minas Gerais, está pronta para ser votada desde junho do ano passado.

O acordo fechado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), era que o texto fosse avaliado na terça-feira antes do Carnaval. Porém, nada saiu como esperado, e a tentativa de apreciar a proposição passou para o dia 3 de março.

O projeto proíbe a instalação de barragens pelo método de alteamento a montante no país. A técnica, considerada por especialistas obsoleta por ser mais barata e apresentar mais riscos de ruptura, foi utilizada nas estruturas das minas das cidades mineiras.

Em Mariana, o rompimento da barragem sob responsabilidade da Samarco, em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas e em danos ambientais incalculáveis. Já a avalanche de lama que atingiu Brumadinho, em janeiro de 2019, após o rompimento da estrutura da mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, teve como saldo até agora 259 pessoas que perderam as vidas e outras 11 desaparecidas.

 

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