O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) afirmou que "não tem o que comemorar" ao chegar à cerimônia de diplomação, nesta segunda-feira (19), de deputados estaduais e federais eleitos, do governador Romeu Zema (Novo) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).
"É claro que venho nesse evento com um sinal de gratidão. Gratidão pelos votos, a Deus, a minha família. Mas não temos o que comemorar. Vivemos em uma época em que um Poder apenas toma todas as decisões, eu fico até receoso com o que posso falar aqui, por exemplo", disse Nikolas, um dos principais representantes do bolsonarismo em Minas Gerais.
Nikolas, que foi o candidato a deputado federal mais votado do país, reclamou do que ele chamou de "tornozeleira virtual".
"Veja bem, eu, deputado mais votado do país, vivo com uma 'tornozeleira eletrônica virtual' e preciso ter cuidado com aquilo que eu falo, senão tenho meu direito de fala cassado", lamentou o deputado eleito.
Sobre a decisão do STF que tornou inconstitucional o orçamento secreto, Nikolas Ferreira disse que "o STF decide tudo". "Vivemos um momento que o STF é quem manda. STF governa, legisla. Acabou parlamento, acabou o governo. Eu até evito ficar falando de Supremo aqui", pontuou.
O deputado disse que fará uma oposição inteligente ao governo Lula e lamentou que Bolsonaro não tenha sido eleito.
"É claro que a gente esperava um outro cenário, em que a gente teria muito mais abertura. Mas agora eu acho que a gente precisa fortalecer nosso lugar como oposição, uma oposição inteligente", afirmou.