Após a Assembleia de Minas (ALMG) aprovar, nesta quarta-feira (20), em primeiro turno, o projeto que vai garantir o 13º salário ainda em 2019, e por fim ao parcelamento dos salários, o governador Romeu Zema (Novo) disse que não tem como precisar uma data para que a bonificação natalina seja paga. O gestor sugeriu que a imprensa fizesse a pergunta para os bancos que vão disponibilizar o recurso. "Vocês vão ter que perguntar para o banco. Pergunte para os bancos que estão participando, que eles vão dar detalhes. Ninguém chega lá para financiar um caminhão e tem previsão da data que o banco libera (o recurso)", disse.

A ideia do Palácio Tiradentes é antecipar os recebíveis que a Codemig tem referentes à extração de nióbio em Araxá, no Alto Parnaíba. O governo quer antecipar os royalties que a estatal receberia até 2032. Com isso, a expectativa é levantar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 6 bilhões, valor que será oferecido em garantia para instituições financeiras, em leilão. Com isso, o governo vai tomar empréstimos para honrar os compromissos com os servidores.

Apesar de o governo trabalhar com uma previsão de quatro semanas úteis - após a aprovação do projeto em segundo turno na ALMG - para viabilizar a operação, Zema destacou que o processo pode não acontecer na velocidade ideal. "Sempre pode haver percalços. Dar data sobre aquilo que você não tem 100% de gestão é impossível. Se fosse sobre algo que eu iria escrever, te daria aqui, mas sobre algo que depende de burocracia... muitas vezes são instituições em que a matriz está fora do país. É uma operação grande, depende de ser aprovada pela matriz. Fica muito difícil precisar data".

O gestor disse que o governo está "fazendo tudo o que está ao alcance  para que o recurso seja liberado ainda neste ano", e agradeceu à ALMG pela aprovação do texto. "Sou muito grato ao presidente Agostinho Patrus (PV), que tem se empenhado pessoalmente nessa causa, aos líderes e também aos deputados, que têm visto qual é a situação de Minas, em especial do funcionalismo público do Poder Executivo, que há anos tem recebido atrasado"