Busca e apreensão

Policiais cumprem mandados no apartamento de Aécio Neves em BH

Agentes saíram do imóvel com bolsas de documentos e deixaram o local em três carros descaracterizados

Por Carolina Caetano e Luiz Fernando Motta
Publicado em 11 de dezembro de 2018 | 09:23
 
 
 
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Agentes da Polícia Federal deixaram o apartamento do senador Aécio Neves (PSDB) sem falar com a imprensa na manhã desta terça-feira (11). Os policiais saíram do prédio, no bairro Anchieta, região Centro-Sul de Belo Horizonte, portando bolsas com documentos. Eles deixaram o local em três carros descaracterizados.

Além do imóvel em Belo Horizonte, a Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do senador na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Equipes também estiveram na casa da irmã do senador, Andréa Neves, em Copacabana.

Aécio é alvo da operação Ross, que investiga o recebimento de vantagens indevidas entre os anos de 2014 e 2017, pelo grupo JBS, que teria efetuado o pagamento de quase R$ 110 milhões ao senador, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014.

São investigados três senadores - Aécio Neves (PSDB), Antônio Anastasia (PSBD), e Agripino Maia (DEM) - e três deputados - Cristiane Brasil (PTB), Benito da Gama (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade).

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos imóveis de Aécio e de Paulinho da Força. O Supremo Tribunal Federal (STF) não autorizou cumprimento de mandados nos endereços dos outros políticos investigados.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas. As medidas estão sendo cumpridas em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá e no Distrito Federal.

São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.   

Em nota, a defesa do senador Aécio Neves diz que a medida é "desnecessária" e que o senador é "o maior interessado no esclarecimento de todos os fatos".

Anastasia

Em documento de 40 páginas enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou não ver motivos para buscas sobre Anastasia, uma vez que "falta qualquer indício de conhecimento, por parte dele, de que tal contribuição decorresse de contrapartida corruptiva".

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