CAFÉ COM POLÍTICA

Prefeito de Igarapé cobra ações da Arteris na 381 e no trecho de acesso à cidade

O prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves (PP), comemorou investimentos e a construção de um terminal ferroviário, mas cobrou respostas mais efetivas da concessionária que administra a BR-381, que dá acesso à cidade.

Por O TEMPO
Publicado em 23 de fevereiro de 2024 | 11:49
 
 
 
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Convidado do Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, desta sexta-feira (23), o prefeito de Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, Arnaldo Chaves (PP), destacou os investimentos que estão sendo feitos na cidade com R$ 300 milhões oriundos do acordo de indenização da tragédia de Brumadinho. O prefeito ainda se mostrou otimista com o projeto de um terminal ferroviário na região e cobrou respostas da concessionária Arteris, que administra a BR-381, sobre obras na entrada da cidade. 

No início do ano, a Prefeitura de Igarapé anunciou um plano de infraestrutura com 34 obras e iniciativas. O programa tem como principal foco melhorar a mobilidade urbana e segurança, investindo nas entradas da cidade para facilitar o transporte de grandes empresas e dos cidadãos. Destacam-se a obra de canalização do Córrego Fundo e melhorias na drenagem, pavimentação e monitoramento por câmeras. 

“Igarapé era uma cidade já consolidada e quando veio a duplicação da BR-381 há cerca de 30 anos, não teve uma estrutura adequada. Agora, vamos trabalhar para ajudar isso. Essa nova entrada visa que a gente tenha acesso para Igarapé e tenha alternativas. Porque, geralmente, o trânsito no centro é muito concentrado e acaba dificultando quem não precisa passar por lá. Então, a gente quer criar alternativas para que essas pessoas possam acessar a cidade. A gente tem trabalhado para criar alternativas para a cidade expandir, que a cidade cresça de maneira organizada, para que as pessoas possam investir em Igarapé. Para não ficar aquela cidade com trânsito concentrado, dificuldade de entrar e sair”, explica o prefeito. 

Outra adequação planejada pela prefeitura é na trincheira de Igarapé. Segundo Chaves, a concessionária Arteris argumentou que não tem recursos para realizar as obras e, por isso, a prefeitura se disponibilizou a pagar e executar as adequações. Entretanto, o projeto que já foi apresentado precisa ser autorizado pela concessionária, mas já está parado há cerca de três anos aguardando retorno.

“Nós nos propusemos a fazer as alterações necessárias. Nós mesmos, mediante a aprovação deles, com recurso da prefeitura, para dar essa solução, porque às vezes a gente espera anos, e eles não conseguem encaixar no orçamento deles. A gente tem contato com a diretoria, mas a solução não tem vindo no tempo adequado. Reforçamos esse pedido para que eles possam estar mais próximos. Caso não possam pagar, auxiliem na solução. Porque é um projeto que apresentamos que já está há três anos em análise, é muito tempo, e o recurso é nosso”.

Terminal ferroviário

Em 2022, o governo de Minas Gerais lançou o Projeto Igarapé, que prevê a construção de ramal ferroviário e terminal integrador no município às margens da BR-381. Com investimentos estimados em R$ 800 milhões, o ramal terá 12 quilômetros de extensão, conectará Igarapé ao ramal do Paraopeba, em Brumadinho, e contará com pátio de cruzamento, túneis e viadutos. O objetivo é movimentar cerca de 2 milhões de toneladas de cargas por ano, com geração de 15 mil empregos diretos e indiretos.

O prefeito Arnaldo Chaves comemorou o projeto, e explicou que os investimentos sendo feitos agora servem para preparar a cidade para daqui a dez anos, quando o terminal deve ser entregue. A ideia é melhorar a infraestrutura de Igarapé para receber novos investimentos. 

“É importante já pensar na estrutura pensando nesse terminal, que é importante que quando as empresas cheguem, encontrem um ambiente e estrutura adequada. E eu tenho convicção que primeiro eu tenho que cuidar daquelas empresas que já estão aqui. Procurar investir na infraestrutura, dando condição adequada de acesso para as vias importantes, cuidar do pavimento, cuidar da iluminação. E se eu consigo cuidar daquelas que estão, isso vai ser motivação para quem está fora querer ir a Igarapé”. 

O TEMPO procurou a concessionária Arteris, mas ainda não recebeu retorno. Essa matéria será atualizada assim que o posicionamento foi enviado.

 
 

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