Diante da ameaça de colapso financeiro de municípios mineiros, que têm relatado forte impacto nas contas públicas devido a perdas com a redução de repasses do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS nos últimos meses, as prefeituras precisam encontrar meios para investir na diversificação da economia, sugere Geraldo Donizete de Lima, o Chumbinho (PSDB), prefeito de Itaguara, na região metropolitana de BH.
“A função de um gestor público é detectar demandas que ele tem na cidade e criar soluções para resolver. Não tem como ser diferente”, afirmou Chumbinho, durante entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7.
Membro do conselho fiscal da Associação Mineira de Municípios (AMM), o prefeito apontou que a maior parte das cidades de Minas depende do FPM, e ressaltou que, sem estratégias, muitos podem quebrar até maio do ano que vem, como já alertou, no último dia 13 de outubro, o presidente da AMM, Marcos Vinícius Bizarro (sem partido).
Um dos caminhos, segundo Chumbinho, é apostar na criação de distritos industriais para atrair investidores. "(Os prefeitos) precisam ter um distrito industrial nos seus municípios. Se não tiver, procure criar um espaço para que a empresa que chegar à cidade sinta segurança", sugere. O gestor lembrou, no entanto, que é preciso garantir estrutura mínima para permanência de negócios nas localidades. "Quando vai estabelecer uma empresa no município, o empresário quer saber de segurança, de saúde, de estrutura física. É claro que o município não pode investir nas empresas, mas ele pode criar condições (para que elas se instalem). É preciso trabalhar em conjunto", propôs.
Ainda durante o Café com Política, Chumbinho afirmou que Itaguara também investe no atendimento a pequenos produtores rurais da cidade, por meio de programas municipais e parcerias com órgãos como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater). "É da produção rural que sai a nossa alimentação. Então, é preciso valorizá-la. Nós ficamos mais preocupados com o pequeno produtor, porque o grande já tem condição financeira", defendeu.