Recomposição salarial

Representante da segurança pede cautela para categoria após anuncio de veto

Depois de Zema informar veto parcial ao reajuste da categoria, líder do movimento da segurança pública no Estado pediu para os agentes não agirem com emoção.

Por Fransciny Alves / Lucas Henrique Gomes
Publicado em 11 de março de 2020 | 19:57
 
 
 
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Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), informar na tarde desta quarta-feira (11) que vai sancionar parcialmente o projeto de lei que trata da recomposição salarial para os agentes da segurança, o representante da categoria, tenente-coronel da reserva da Polícia Militar Domingos Sávio de Mendonça, pregou cautela para a categoria e pediu para a classe não agir com emoção. 

Segundo Mendonça, o governador e a equipe econômica fizeram o que podiam nesse momento, mas acredita que todos os atores do processo – Executivo, Legislativo e entidades de classe –  devem continuar o processo de negociação porque, para ele, a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal não impede a reposição salarial. 

“Vamos ter um pouco de paciência e entender que os 13% que já teríamos, vamos ter, mas o governo não fechou a porta pra ninguém pra discutir o restante da reposição. Acho que o momento é de prudência e não de exacerbação porque o país realmente vive grande crise. Muita cautela nessa hora, não é hora de agir com emoções”, afirmou.
No texto enviado por Zema à ALMG em fevereiro, ele estabelece que a recomposição seguirá a seguinte ordem: 13% a partir de 1º de julho, 12% a partir de setembro de 2021 e outros 12% a partir de setembro de 2022. O gestor decidiu vetar o 2º e 3º artigos, que garantem o reajuste nos próximos anos. Com isso, na prática, os agentes de segurança terão garantida apenas a recomposição para este ano.


“Até setembro do ano que vem tem muito tempo para negociar. Não considero que Romeu Zema traiu a segurança pública, tenho a convicção de que só não sancionou para evitar cair a liminar (no Supremo Tribunal Federal) que suspende os pagamentos. Vocês queriam que sancionasse e voltasse o parcelamento? Foi um ato de responsabilidade, precisamos compreender e ter a seriedade de ajudar a aprovar as medidas para erguer o Estado de Minas e garantir a reposição salarial, não só das forças de segurança, mas professores da educação”, declarou.

 

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