Ranking

Santa Luzia é penúltima colocada em ranking de qualidade de gestão

Cidade teve a maior queda do país em Ranking de Competitividade dos Municípios brasileiros

Por O TEMPO
Publicado em 29 de abril de 2024 | 17:09
 
 
 
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O município de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi a penúltima colocada em levantamento que mediu a qualidade de gestão e endividamento das cidades, em um ranking elaborado pelo Centro de Liderança Pública - CLP. Neste tópico, a cidade caiu 150 posições e terminou em penúltimo lugar, na 409ª posição. 

O “Ranking de Competitividade dos Municípios 2023 (RCM/2023)” foi criado para mostrar as cidades brasileiras com maior potencial para atrair investimento. Na classificação geral, Santa Luzia também registrou a maior queda do país, com um recuo de 92 posições no ranking de competitividade e terminou na 349ª posição geral.

O relatório do CLP, que fez o levantamento, explica que a queda de Santa Luzia no índice foi resultado, principalmente, de uma nota zero no pilar sustentabilidade fiscal, o que colocou a cidade entre as últimas colocadas. A justificativa para a nota, segundo o CLP, é a ausência ou inexistência de dados detalhados sobre as contas públicas do município. Apenas uma outra cidade - Moju, no Pará -  teve a nota zerada no quesito e acabou ficando em último lugar no levantamento.

Pesquisa

Para elaboração do ranking foram utilizados dados públicos disponíveis de 410 municípios do país com população acima de 80 mil habitantes. Foram consideradas 13 “dimensões”. O tópico “Instituições”, no qual Santa Luzia registrou a maior queda, é uma das dimensões analisadas pela pesquisa. 

No quesito “endividamento”, a cidade perdeu 290 pontos de 2022 para 2023 e está entre as 15 com os piores taxas de investimento do país. Neste ítem a pesquisa indicou que a cidade caiu 290 posições.

O município ainda está entre as cinco piores em funcionamento da máquina pública (405ª). O que os números revelam é um engessamento econômico que rebaixa consideravelmente o potencial de investimentos privados no município.

Entre os pontos positivos medidos pela pesquisa estão uma maior qualidade no acesso à educação, com aumento na taxa de matrículas no município, e também na coleta e destinação do lixo doméstico, quesitos nos quais a cidade teve notas máximas.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Santa Luzia para que a administração municipal comentasse as análises do levantamento, mas ainda não houve resposta.

Minas no ranking

Dos 410 municípios do estudo, 46 pertencem ao estado de Minas Gerais (11,2% da amostra), configurando-se como a unidade da federação com a segunda maior representatividade no Ranking. 

O município mineiro mais bem posicionado,  entre todos do país, permanece sendo a própria capital, Belo Horizonte (MG), ocupando a 12ª colocação; em seguida aparecem Uberlândia, em 28º lugar seguida por Lavras, em 29º. Já entre os últimos colocados, estão os municípios de Ribeirão das Neves (314ª), Santa Luzia (349ª) e Esmeraldas (354ª), que foi avaliado pela primeira vez. Para elaboração do ranking foram considerados dados disponíveis de 2023.

Destaques

Enquanto que Santa Luzia chama atenção pelos baixos índices, Vespasiano e Ribeirão das Neves, cidades que também são da região metropolitana de Belo Horizonte, apresentaram algumas melhorias em diversas áreas no Ranking de 2023. 

Vespasiano ocupa a 268ª colocação. Em qualidade da saúde, é a 57º melhor do país e a 25º cidade do Brasil com a melhor taxa de investimentos. Com um aumento significativo de 74 pontos, a cidade está entre as 30 com o menor tempo gasto para a abertura de empresas, medida econômica importante para aumentar a arrecadação do município, gerar renda e emprego. 

Ribeirão das Neves subiu oito posições no Ranking e apesar de ainda estar mal colocada, na 314ª colocação geral, registrou melhoras nos quesitos “tempo de abertura de empresas na cidade” (136º lugar geral) e “acesso à educação pública”, com 71 pontos a mais que no levantamento realizado em 2022.

A cidade, no entanto, ainda tem desafios e registrou queda de 26 pontos no questio “cobertura de atenção à saúde primária”, que deixou o município entre as 100 piores do país, e em transparência no funcionamento da máquina pública, ficando entre as 50 piores do país neste tópico.

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