Futuro

Sem mandatos, políticos rejeitados nas urnas tentam se reinventar

Políticos mineiros que não conseguiram se reeleger estudam próximos passos da vida profissional; cargos em governos e retomada de antigas funções são possibilidades

Por Lucas Ragazzi
Publicado em 19 de novembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Políticos mineiros que não conseguiram se reeleger neste ano já começam a planejar os próximos passos da vida profissional. Há quem já estude um retorno às atividades que exercia antes de ingressar no mundo da política, enquanto outros ainda articulam uma maneira de permanecer na vida pública.

O governador Fernando Pimentel (PT) – que não conseguiu sequer chegar ao segundo turno da eleição para o comando de Minas neste ano – é um dos casos que mais chamam a atenção. O futuro do petista ainda é tratado com incerteza. A principal articulação no partido era que Pimentel pudesse assumir um ministério em uma eventual administração de Fernando Haddad (PT), mas a derrota petista no âmbito federal fez naufragar o plano.

Veja AQUI a lista com os principais nomes.

Por outro lado, interlocutores supõem que ainda há possibilidades de que o governador, que também é economista e professor universitário, assuma o comando de uma secretaria de Estado em governos aliados, como na Bahia, por exemplo, governada por Rui Costa (PT). Por ser investigado em operações da Polícia Federal (PF), permanecer com foro privilegiado poderia ser um recurso de grande valia para Pimentel.

O vice-governador Antônio Andrade, que rompeu com Pimentel em 2016, tentou voltar à Câmara Federal, mas também não teve sucesso nas urnas. Ele ainda sofre com a possibilidade de ser afetado pelo Judiciário, uma vez que chegou a ser preso pela operação Capitu, da Polícia Federal, há dez dias. O futuro de Andrade ainda é incerto.

Já a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que perdeu de forma inesperada a disputa pelo Senado, pode permanecer em Belo Horizonte para ficar próxima de familiares que residem na capital.

Parlamentares. Dirigente do PSDB nacional, o deputado federal Marcus Pestana, que não conseguiu se reeleger, disse que planeja continuar em Brasília, mas como consultor político e professor universitário. “Eu sou professor de economia da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), mas tentarei vir para Brasília e dar aula aqui. A derrota na eleição foi o fim de um ciclo de 36 anos desde meu primeiro mandato como vereador, mas continuo à disposição da sociedade civil. Como tenho bom trânsito na esquerda e na direita, acredito que posso ser útil também a governos e parlamentares”, contou.

O presidente do MDB mineiro, Saraiva Felipe, é outro que planeja voltar a dar aulas. “Sou professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), naturalmente focarei isso, além de ajudar instituições filantrópicas, não sei se como contratado ou como consultor”.

Outro rejeitado das urnas, o deputado federal Caio Narcio (PSDB) disse que ainda vai analisar alguns convites e propostas. Já o deputado Leonardo Quintão (MDB), relator do Novo Código Florestal, também não foi reeleito, mas tem sido citado como possível ministro de Minas e Energia de Bolsonaro. Laudívio Carvalho, do Podemos, também pretende continuar na vida pública. 

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