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Sonda nasogástrica foi retirada de Bolsonaro, diz boletim médico

Presidente continuará com nutrição endovenosa, ou seja, com alimentação diretamente na veia

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de setembro de 2019 | 11:47
 
 
 
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A sonda nasogástrica que havia sido introduzida no presidente Jair Bolsonaro foi retirada e a dieta líquida, reintroduzida, diz o boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (13), no Hospital Vila Nova Star, onde ele se recupera de uma cirurgia realizada no domingo passado para correção de uma hérnia incisional.

O boletim, assinado pelo cirurgião-chefe Antônio Macedo, pelo clínico Leandro Echenique, pelo diretor-médico do Hospital Vila Nova Star, Antônio Antonietto, e pelo médico da Presidência da República, Ricardo Peixoto Camarinha, informa ainda que, junto com a dieta líquida, o presidente continuará com nutrição endovenosa, ou seja, com alimentação diretamente na veia.

O documento diz ainda que Bolsonaro permanece sem dor, afebril e com melhora acentuada dos movimentos intestinais. As visitas seguem restritas e ele continua fazendo fisioterapia respiratória e motora.

Sonda nasogástrica

A sonda nasogástrica havia sido introduzida em Bolsonaro na noite de terça-feira (10), quando ele apresentou dificuldade para eliminar gases devido a uma "paralisia do intestino", quadro conhecido como íleo paralítico. O objetivo da sonda era retirar ar e líquidos do organismo do presidente para aliviar a distensão abdominal. Com isso, a dieta líquida de Bolsonaro havia sido suspensa e ele passou a ter alimentação diretamente na veia.

Segundo o médico responsável pela cirurgia do presidente, Antônio Macedo, a consequência é comum em procedimentos cirúrgicos de grande porte. Bolsonaro já havia apresentado o mesmo quadro em cirurgias anteriores, em 12 de setembro de 2018 e em 28 de janeiro de 2019.

Live

Nessa quinta-feira (12), Bolsonaro fez uma breve "live" pelo Facebook, que durou pouco mais de três minutos. O presidente falou devagar e em tom baixo, parando para tomar fôlego em alguns momentos.

O procedimento cirúrgico a qual o presidente foi submetido no domingo passado foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. A cirurgia, realizada para corrigir uma hérnia que surgiu na região do abdômen, durou cerca de cinco horas e foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai.

Estava previsto que Bolsonaro reassumisse a Presidência de República nesta sexta-feira. No entanto, na quinta-feira, o Palácio do Planalto informou que o presidente ficará afastado do comando do País por mais quatro dias. Até segunda-feira, Mourão continua interinamente no cargo.

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