O governador Romeu Zema (Novo) criticou, nesta terça-feira (20/12), as ações judiciais que tentam impedir o leilão do metrô da Grande BH. Durante apresentação do balanço do seu primeiro mandato, o chefe do Executivo condenou os esforços do PT e do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro).
"Me parece que tem gente tentando evitar que aconteça. Está tendo aí uma disputa judicial. Mas, estamos confiantes que nesta quinta-feira, dia 22, lá na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), o leilão seja realizado com êxito", disse Zema durante sua apresentação.
O governador também valorizou outras concessões realizadas durante seu primeiro mandato. Ele ressaltou as tratativas para o início das obras do Rodoanel, e as concessões do Mineirinho, do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip, a rodoviária de BH) e do Aeroporto da Pampulha.
"Essas duas obras (metrô e Rodoanel) serão as maiores obras da região metropolitana (de BH) das últimas décadas e vão melhorar muito o trânsito e a vida de quem mora aqui", afirmou Zema.
Ainda no evento, o vice-governador eleito Professor Mateus (Novo) citou as ações conduzidas pelo governo durante os quatro anos do primeiro mandato em cada secretaria. Os titulares das pastas também marcaram presença.
Orçado em R$ 5 bilhões pelo governo de Minas, a concessão será realizada por meio de parceria público-privada (PPP). O Estado vai investir cerca de R$ 3 bilhões - recurso proveniente do acordo de reparação da Vale pela tragédia de Brumadinho, que deixou 272 mortos, em 2019. Os outros R$ 2 bilhões deverão ser investidos pelo grupo italiano Inc SPA, que vai explorar pedágio por 30 anos da rodovia.
O projeto prevê a construção de aproximadamente 100 km de malha rodoviária. A concessão será para as obras, manutenção e operação. A expectativa é que até 2027 as alças norte e oeste sejam concluídas.
O projeto do Rodoanel é cercado por críticas. As prefeituras de Betim e de Contagem, na região metropolitana, já ingressaram com várias ações na Justiça questionando o projeto do Rodoanel. Os municípios alegam que o Estado não realizou estudos de impacto ambiental, social e urbanístico, sendo impossível saber as consequências do traçado que foi imposto pelo governo de Minas.
Segundo as prefeituras, bairros inteiros e densamente povoados, além da área da represa de Várzea das Flores, serão cortados pelo traçado do Rodoanel. Por isso, em liminares, as prefeituras pediram a suspensão do leilão, o que foi negado pela Justiça.