Operação Financeira

Vice-governador confirma empréstimo para pagar servidores de MG

A ideia é fazer um empréstimo-ponte que pode chegar a R$ 5 bilhões com os bancos utilizando como garantia os recursos do nióbio

Por Rafaela Mansur
Publicado em 09 de setembro de 2019 | 17:37
 
 
 
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A operação financeira que o governo de Minas Gerais vai fazer para tentar regularizar o pagamento dos servidores e quitar o 13º deste ano terá como base os recebíveis da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), responsável pelos royalties da extração do nióbio. A informação, adiantada por O TEMPO, foi confirmada nesta segunda-feira (9) pelo vice-governador do Estado, Paulo Brant.

A ideia é fazer um empréstimo-ponte com os bancos utilizando como garantia os recursos do nióbio. A operação financeira deve gerar em torno de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões e vai ser realizada em outubro ou novembro.

"Não é privatização da Codemig, é usar os recebíveis que o Estado tem como garantia para que os bancos façam esse empréstimo", explicou Paulo Brant, durante um evento organizado pelo TSX Group, em Belo Horizonte.  

Segundo ele, a expectativa é que o empréstimo tenha juros baixos. "É um leilão, a gente vai fazer uma oferta, vários bancos vão entrar. É um bom empréstimo, o risco é muito baixo", afirmou.

O objetivo da antecipação do dinheiro é dar fim ao parcelamento dos salários dos servidores e pagar integralmente o 13º neste ano.

"Os impactos financeiros do programa de ajuste fiscal que a gente vai construir com a Assembleia vão demorar seis, sete, oito meses. Durante esse período, a ideia é ter uma sobra de caixa para poder pagar algumas coisas mais imediatas", pontuou o vice-governador. "São esses compromissos imediatos que a gente vai tentar resolver com esse empréstimo".

Em Araxá, no Alto Paranaíba, há duas minas de nióbio, uma do Estado e outra da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Para gerenciar as jazidas, foi criada, em 1972, uma joint venture entre a Codemig e a CBMM, e o contrato prevê a extração paritária de minério de ambas as minas. Por fazer toda a parte operacional, a CBMM fica com 75% do lucro líquido e repassa de 25% do rendimento para a estatal.

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