A alta do preço dos ovos tem levado muitos consumidores a buscar alternativas para substituir o alimento. Em Belo Horizonte, por exemplo, uma pesquisa do Mercado Mineiro - divulgada nesta segunda-feira (24/2) - mostrou que o custo do ovo está até 62% mais caro neste ano em comparação ao anterior. Por outro lado, as carnes dão algum alívio, com valores estabilizados no último mês.

Até que os preços dos ovos voltem a ficar mais em conta - o que não deve acontecer por agora, uma vez que estamos às véspera da Quaresma - é possível recorrer a substituições proteicas para refeições, como café da manhã e lanche. Confira a seguir algumas dicas de nutricionistas. 

Carnes

A coordenadora do curso de Nutrição da Estácio, Bruna Soares Faria, afirma que o ovo é uma fonte proteica excelente e, até então, acessível para a população em geral. “Então a gente tem que pensar em estratégias para que a ausência desse alimento não prejudique o consumo de proteína.” 

As carnes são boas alternativas, conforme Bruna. “A partir disso, podemos procurar cortes mais baratos no mercado para fazer essa troca. A carne de frango, principalmente, tem um preço mais acessível e alguns cortes que são mais baratos. Às vezes, se consegue até pegar promoções, por exemplo, de coxa, sobrecoxa e de outros pedaços que são facilmente consumíveis e dá pra fazer preparações bem interessantes.”  

Proteínas de fonte vegetal 

A nutricionista ainda lembra que alguns vegetais também são ricos em proteínas tanto quanto carnes e ovos. “O arroz com feijão - de todos os dias - é uma boa referência. Temos também soja, grão de bico e ervilha, que têm boa aceitação pela população brasileira.” 

Outras dicas

A coordenadora do curso de Nutrição da Estácio dá outras dicas:

  • faça compras semanais: ao invés de comprar, por exemplo, cartelas grandes de ovos, é melhor comprar menos quantidade;
  • procure promoções e ofertas: cada mercado tem seu dia do hortifruti, que é mais barato;
  • opte por cortes de carnes mais acessíveis: sobrecoxa de frango, carne de porco e carne vermelha de segunda podem ser também uma fonte proteica de boa qualidade e com preço mais acessível;
  • tente incluir grão de bico, soja e ervilha na refeição diária ou pelo menos uma vez na semana.

Alternativa para lanches e café

A nutricionista Paula Magalhães diz que em um ovo feito sem adição de gordura ou de outros ingredientes existem aproximadamente 6 gramas de proteína. Então a especialista dá algumas sugestões para se obter a mesma quantidade do nutriente em outros alimentos: 

  • tapioca ou sanduíche natural com 20 gramas de frango desfiado;
  • queijo cottage: 50 gramas; 
  • queijo minas frescal: 35g; 
    torradinha com 26g de queijo mussarela; 
  • potinho de iogurte de 150g - de preferência o desnatado - 6g de proteína;
  • copo de 180 ml de leite ou 30g  mais ou menos de leite em pó desnatado: 6 gramas de proteína;
  • tofu: 60g;
  • homus - pasta de grão de bico - 80g.

“O mais importante é a gente diversificar. Então, em um dia a gente come ovos, no outro, queijo, vitamina, iogurte com um cereal - que também vai aumentar o aporte proteico da refeição -  e por aí vai,” finaliza Paula.