O câncer ósseo, embora menos comum que outros tipos, exige atenção redobrada aos sinais de alerta: caroços que surgem ou crescem rapidamente sem motivo aparente, dor persistente, mesmo com analgésicos, e aumento de volume generalizado em alguma parte do corpo. "É fundamental procurar um ortopedista assim que esses sintomas surgirem", alerta o médico Rodrigo Andrade Gandra Peixoto, coordenador do grupo de Ortopedia Oncológica do Hospital da Baleia. "Mesmo que possam indicar outras condições, a avaliação especializada é crucial para o diagnóstico rápido e o início imediato do tratamento, elevando significativamente a probabilidade de cura", reforça.
A doença afeta principalmente duas faixas etárias: crianças e adolescentes até 20 anos, com alta incidência de tumores primários como osteossarcoma e sarcoma de Ewing (responsáveis por 80% dos casos nessa faixa); e indivíduos acima de 40 anos, onde predominam os tumores secundários, que são metástases de cânceres originados em outros órgãos, sendo a coluna vertebral o local mais comumente acometido devido à alta irrigação.
Referência
Inaugurado em 2000, o serviço de tratamento de tumores ósseos do Hospital da Baleia foi o segundo em Minas Gerais a ter uma estrutura dedicada à especialidade. Reconhecido como o maior serviço de tumor ósseo do estado, o hospital realiza, anualmente, entre 200 e 300 cirurgias, atendendo pacientes de todas as regiões mineiras.
O diferencial do Baleia reside na abordagem multidisciplinar. A equipe é composta por ortopedistas especializados em oncologia, que trabalham em estreita colaboração com oncologistas, patologistas e radiologistas.
Antigamente, a notícia de metástase era quase um atestado de óbito. Hoje, com a evolução dos tratamentos, há uma considerável possibilidade de sobrevida com qualidade de vida. Cerca de 30% de todos os tipos de tumores podem desenvolver metástase nos ossos.