O Superior Tribunal de Justiça Desportiva deve julgar nos próximos dias o pedido do Goiás para anular o jogo contra o América, ocorrido no último dia 17, válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A reportagem de O TEMPO Sports apurou que a audiência deve ocorrer num prazo de duas semanas. A informação foi publicada, primeiro, pelo jornalista Thiago Menezes.
Vale ressaltar que a procuradoria do STJD pode não levar adiante o tipo de pedido feito pelo Goiás. Uma fonte consultada pela reportagem, porém, afirmou que a Corte habitualmente leva casos similares a julgamento. O departamento jurídico do Goiás tem conhecimento do julgamento a ser realizado. Já o América afirmou que desconhece a potencial sessão.
O Goiás anunciou que ingressou no STJD com um pedido de anulação da partida contra o América no último dia 18. O Esmeraldino alega que houve um “erro de direito” cometido pelo árbitro da partida, Caio Max Augusto Vieira, do Rio Grande do Norte.
O referido “erro de direito” teria sido cometido no gol anulado marcado pelo atacante colombiano Ángelo Rodríguez, aos 45 minutos do segundo tempo. Se o gol fosse validado, o Goiás faria 3 a 2 no placar. No lance invalidado, quando a jogada ainda estava sendo construída, a bola toca nas pernas do árbitro.
Caio Max Augusto Vieira nada marcou e, a princípio, validou o gol. Pouco depois, porém, ele anulou o lance após ser avisado pelo VAR de que tocara na bola. Logo depois da anulação, os jogadores do Goiás reclamaram muito com Caio. A equipe de arbitragem, inclusive, teve de deixar o campo de jogo após o fim da partida sob escolta policial.
A Regra 9
O Goiás alega que Caio errou na aplicação da Regra do Jogo 9, por “anular de maneira infundada o terceiro gol esmeraldino no jogo”. A International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol, explica a Regra 9 da seguinte maneira:
“A bola estará fora de jogo quando tocar em um membro da equipe de arbitragem, permanecer no campo de jogo e uma equipe iniciar um ataque promissor; ou a bola entrar diretamente na meta; ou houver a mudança da equipe que tem a posse da bola. Em todos esses casos, o jogo recomeçará com uma bola ao chão”.
Diálogo com o VAR
No dia 19 do mês passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a análise da arbitragem de vídeo (VAR) na anulação do terceiro gol do Goiás. O diálogo começa com o árbitro de vídeo atestando a condição legal do lance no quesito impedimento. Em seguida, ele analisa o toque no juiz.
“Essa bola toca no árbitro. Pegou no árbitro. Cara, para mim está dentro do APP (sigla para 'Posse em Fase de Ataque'). Vou precisar chamar o Caio (árbitro) para reavaliar. O toque é muito claro para todos, né?”, disse.
Em seguida, os demais envolvidos no VAR concordam. Caio Max Augusto Vieira, então, diz: “Não sinto a bola pegar em mim”, mas os árbitros informam que as imagens são claras.